terça-feira, 18 de agosto de 2009

O DESENCARNE de DIMAS





desenhos da evangelizadora Lena Feury

OBREIROS da VIDA ETERNA, cap. XIII, Companheiro Libertado,

"...Ordenou Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte do enfermo, passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de magnetização. Em primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o vago, para facilitar o desligamento nas vísceras. A seguir, utilizando passes longitudinais, isolou todo o sistema nervoso simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras inibidoras no cérebro. Descansando alguns segundos, asseverou:

- Não convém que Dimas fale, agora, aos parentes. Formularia, talvez, solicitações descabidas.
...
E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:

- Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma:

o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.
...
Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.
...
Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente. Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigástrio à garganta, mas reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual.
...
O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindose, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas-desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.
...
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do morto, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido."

domingo, 16 de agosto de 2009

QUEM EU SOU?

Compreendendo um pouco mais sobre a vida física e a vida espiritual ( através das duas aulas anteriores), a pergunta que não quer calar: Então, afinal, quem eu sou?
É importante percebermos que somos tanto um corpo físico, mas que também somos um corpo espiritual, onde o corpo físico é um instrumento que utilizamos enquanto encarnados e que se modifica a cada nova vida e o corpo espiritual é nossa essência, aquilo que realmente somos, que traz em si nossas vivências, boas ou não.


Quem eu sou? Jesus fez esta pergunta ao seus discípulos, querendo saber o que o povo dizia sobre quem ele era e faz a mesma pergunta diretamente ao seu grupo. É a pergunta central do Evangelho, pois a pergunta se dirige ao sujeito, ao indivíduo. Se não sabemos quem ele é, não conhecemos sua identidade.

Veja o resultado do meu grupo:





O nosso maior problema é de identidade, temos que descobrir quem realmente somos. Quando estamos distraídos no mundo, quem eu sou se resume à um estudante, uma professora, uma mulher, um menino, que expressam na verdade o que é que somos.
Quando estamos atentos, quem eu sou reflete uma compreensão sobre o ser que realmente sou, os interesses são interesses espirituais,
a ação e o pensamento possuem o discernimento e qualificação que reconhecem o que é eterno do que é passageiro, o real do que é irreal, o divino do mundano.

PARA FALAR MAIS UM POUCO SOBRE A MORTE

A vida se passa em dois planos e aquilo que chamamos de morte é uma das inúmeras etapas que vivenciamos. A morte de Jesus para muitos é a derrota de um perdedor, mas isto depende de que ponto de vista temos sobre a vida em si. Focamos exageradamente no presente, esquecendo-nos de que a vida se realiza de uma forma bem mais ampla, onde nossas palavras, ações e pensamentos devem ser expressão de nossa consciência, impulsionados pelo coração. Desta forma, mais despertos, tudo muda, onde não é o que acontece que é importante, mas como você fica diante do que te acontece, mostrando que você está colocando sua motivação existencial na realização do SER , no auto-conhecimento, na compreensão de quem realmente você é. E isto faz toda a diferença ao desencarnarmos.






desenhos da evangelizadora Lena Fleury

PARA FALAR da MORTE

Penadinho visita o blog e a aula de evangelização.








Apoiados pelo Livro dos Espíritos, conversamos sobre a vida no corpo físico e a vida no corpo espiritual, lembrando sempre que estas existências se complementam.

Reflexões com o grupo:


- morrer é o fim de tudo?
- é importante sabermos que morremos?
- que diferença isto pode fazer na vida espiritual?

- afinal, o que é estar desencarnado?
- o que a vida atual pode ajudar em nossa vida como desencarnados?
- podemos nos relacionar enquanto espíritos?
-
porque uns percebem que estão desencarnados e outros não?
- porque uns se revoltam e outros compreendem a morte?
- que proveito podemos tirar da vida de desencarnado?
- podemos usar a luz e o conhecimento dos outros?
- o que fazemos aqui tem alguma relação com o que nos acontece depois?
- afinal, o que é ser um espírito?